DUPLA: RODRIGO E MARTHA - BLOG DESTINADO AO CURSO: FORMAÇÃO DE FORMADORES PRESENCIAIS DA EGOV

quinta-feira, 9 de junho de 2011

TUDO NEURO POR AÍ


 

A pergunta que não quer calar: - Tudo neuro por aí? Se a reposta for não como a minha é bom começarmos a procurar entender o que é a neurociência e o que ela tem a nos oferecer no processo de aprendizagem. O grande desafio para nós formadores presenciais é saber qual a modalidade de aprendizagem que mais facilitaria a aprendizagem dos alunos tornando as aulas mais dinâmicas, divertidas, ricas em conteúdo visual e mais concretas e para tornar isso realidade temos uma nova e grande aliada: a neurociência.
Entender como o cerébro funciona no momento da aprendizagem é algo realmente fantástico. Iluministas como Voltaire e Renascentistas como Da Vinci ficariam de fascinados de como o homem moderno chegou a este ponto inimaginável. No processo de aprendizagem o cerébro reage a estímulos do ambiente e ativa sinaspses, gerando assim uma informação. A quantidade e qualidade dessas informações vai depender, essencialmente, da qualidade e capacidade do instrutor e de um processo de ensino dinâmico que reúna estratégias de ensino que envolva simultaneamente os sistemas auditivo, visual e tátil. Usar músicas, vídeos. games e outras atividades ligadas a informatização e tecnologia é fundamental para que essa NOVA VISÃO DE APRENDIZAGEM seja colocada em prática. 

Para finalizar uma música de GILBERTO GIL: 

Cérebro Eletrônico

Gilberto Gil

Composição : Gilberto Gil

O cérebro eletrônico faz tudo
Faz quase tudo
Faz quase tudo
Mas ele é mudo
O cérebro eletrônico comanda
Manda e desmanda
Ele é quem manda
Mas ele não anda
Só eu posso pensar
Se Deus existe
Só eu
Só eu posso chorar
Quando estou triste
Só eu
Eu cá com meus botões
De carne e osso
Eu falo e ouço.
Eu penso e posso
Eu posso decidir
Se vivo ou morro por que
Porque sou vivo
Vivo pra cachorro e sei
Que cérebro eletrônico nenhum me dá socorro
No meu caminho inevitável para a morte
Porque sou vivo
Sou muito vivo e sei
Que a morte é nosso impulso primitivo e sei
Que cérebro eletrônico nenhum me dá socorro
Com seus botões de ferro e seus olhos de vidro

ANDRAGOGIA


O termo Andragogia refere-se à ciência de ORIENTAR adultos a aprender. Antes de iniciar uma discussão temos que levar em consideração o conceito do "ser adulto". O que é ser adulto? É o indivíduo independente economicamente, que já pode reproduzir sua espécie, que possua um equilibrio mental e tenha capacidade plena e legal perante à sociedade ( quando completa-se 18 anos de idade).

 A Escola de Governo do DF, devido aos cursos de capacitação oferecidos, tem como principal público: o "ser adulto", servidor ou empregado público do Distrito Federal. Então, pressupõe-se que todos instrutores de cursos presenciais da EGOV tenham o pleno conhecimento do processo de aprendizagem dos Adultos. Infelizmente, essa não é a atual realidade, por isso o estudo da Andragogia é de extrema importância para EGOV. 

O texto Conceituando Andragogia define que a aprendizagem de adultos não deve focar somente o conteúdo ensinado, mas, principalmente, procurar fazer o aluno entender o processamento desse conteúdo, o porquê de o estar estudando, para que ele possa usar esse conhecimento adquirido, como forma de resolução de problemas, imediatamente, em seu trabalho. E para que esse conhecimento seja assimilidado ao máximo, o uso de experiências próprias é fundamental para uma maior motivação. O instrutor deve abrir espaços nas aulas para que todos contem suas histórias, idéias, opiniões, compreensões e conclusões sobre o que está sendo abordado.

O texto estudado também nos traz 14 princípios andragógicos, nos quais considero os mais importantes: o nº  6, 7, 11, 12, 13 e o 14.

O sétimo princípio é o que define o conceito de APRENDER ( o famoso "CHA"), entrentanto o o décimo segundo diz: " quem tem a capacidade de ENSINAR o adulto é apenas Deus." Aqui acho que ficou um vazio, pois o ato de ORIENTAR um adulto a APRENDER é em si um ato de ENSINO também e se complementa com o princípio 13 e o 14, onde orientar deve ser no sentido de igualdade entre aluno e instrutor para que haja enfim um aprendizado.

O princípio onze nos remete novamente ao módulo I sobre a discussão de ter uma prática reflexiva no processo de aprendizagem.

Discordo do príncipio seis: "... é ele quem deve deicidir sobre o que APRENDER." Se o plano de aula é feito antes, como eles vão decidir sobre o que aprender? E outra: como um curso na EGOV vai planejar o conteúdo a ensinar sem saber quem são o quê os participantes do curso pretendem aprender?

Para concluir um poema do grande Paulo Leminski:

quando eu tiver setenta anos
então vai acabar esta adolescência

vou largar da vida louca
e terminar minha livre docência

vou fazer o que meu pai quer
começar a vida com passo perfeito

vou fazer o que minha mãe deseja
aproveitar as oportunidades
de virar um pilar da sociedade
e terminar meu curso de direito

então ver tudo em sã consciência
quando acabar esta adolescência.